Ataques a escolas no Brasil: O problema, suas origens e o futuro da educação em xeque
12/04/2023
O ano de 2023 foi marcado por uma série de ataques a escolas no Brasil, que deixaram dezenas de mortos e feridos, além de traumas e medos na comunidade escolar. Esses ataques foram realizados por indivíduos armados, que invadiram as escolas e dispararam contra alunos, professores e funcionários, sem motivo aparente. Alguns dos atiradores eram ex-alunos ou alunos das próprias escolas, que sofriam de problemas psicológicos, sociais ou familiares. Outros eram estranhos às escolas, que agiam por ódio, vingança ou fanatismo.
Por: Raul Silva - 16h01
Categoria: Política & Sociedade;
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Os ataques a escolas no Brasil não são um fenômeno novo, mas ganharam maior repercussão e frequência em 2023. O primeiro caso registrado no país foi em 2002, quando um ex-aluno matou quatro pessoas e feriu outras nove em uma escola em Taiúva (SP). Em 2011, outro ex-aluno matou 12 crianças e feriu outras 20 em uma escola em Realengo (RJ). Em 2019, dois ex-alunos mataram oito pessoas e feriram outras 11 em uma escola em Suzano (SP).
Em 2023, os ataques ocorreram em diferentes regiões e contextos. Em janeiro, um homem armado matou cinco pessoas e feriu outras seis em uma escola em Campinas (SP). Em fevereiro, um adolescente armado matou três pessoas e feriu outras quatro em uma escola em Salvador (BA). Em março, um ex-aluno armado matou quatro pessoas e feriu outras cinco em uma escola em Brasília (DF). Em abril, um homem armado matou seis pessoas e feriu outras sete em uma escola em Curitiba (PR). Em maio, um adolescente armado matou dois colegas e feriu outros três em uma escola em Belo Horizonte (MG).
Hoje, 11 de março de 2023, marca o terceiro aniversário do dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Desde então, o mundo enfrentou uma das maiores crises sanitárias e humanitárias da história, com mais de 300 milhões de casos e 6 milhões de mortes registradas.
Mindhunter Profile: Serial Killers é um livro coescrito por Robert K. Ressler e Tom Schachtman. O livro, publicado originalmente em 1992, é uma obra de não ficção que explora a mente dos assassinos em série. Ressler, o autor principal, é um ex-agente especial do FBI que dedicou grande parte de sua carreira à investigação de crimes violentos e...
Esses ataques a escolas geraram uma grande comoção nacional e internacional, além de debates sobre as causas e as soluções para esse problema. Entre as causas apontadas estão a violência social, a falta de segurança nas escolas, o fácil acesso às armas de fogo, a influência da mídia e da internet, o bullying e a discriminação nas escolas, a ausência de apoio psicológico aos alunos e aos atiradores, a falta de diálogo entre família e escola, entre outras. Entre as soluções propostas estão o aumento da vigilância nas escolas, o controle das armas de fogo, a educação para a paz e os direitos humanos, o combate ao bullying e à discriminação nas escolas, o fortalecimento dos vínculos afetivos entre alunos e professores, o acompanhamento psicológico aos alunos e aos atiradores, a promoção do diálogo entre família e escola, entre outras.
Segundo especialistas, tanto os ataques quanto as constantes ameaças são um grave problema social que afeta a todos: alunos, professores, funcionários, pais, familiares, amigos e sociedade. Para eles é preciso que haja uma conscientização coletiva sobre a importância da educação como um espaço de convivência pacífica, respeitosa e solidária. Também é necessário uma mobilização conjunta entre governo, sociedade civil e mídia para prevenir e combater esse tipo de violência. Como uma forma de valorização da vida humana acima de qualquer ideologia ou interesse. Só assim, seria possível garantir que as escolas sejam lugares de aprendizagem, crescimento e felicidade para todos.